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Lançamento soa como oportunidade para conferir as quantas andam os goles daquelas belíssimas terras
O Alentejo foi uma das primeiras províncias vinícolas de Portugal a dar sinais, no inicio dos anos 90, do surgimento de uma nova geração de vinhos finos lusos de qualidade superior.
Na época, a região reunia apenas algumas dezenas de produtores. Hoje são cerca de 300.
A multiplicação das adegas faz sentido. Brotam daquele canto do sul da terrinha tintos hedónicos, que primam pela fruta (e, ultimamente, brancos bem delineados e prazerosos).
O seu perfil tem conquistado ao longo desses anos espaço dentro (e fora) de casa. Apesar da produção alentejana chegar a apenas 14% do total do país (por volta de 80 milhões de litros de vinho por ano), mais de 40% dos vinhos consumidos em Portugal são oriundos do lugar.
Três rubros que acabaram de desembarcar por aqui são uma boa oportunidade para conferir as quantas andam os goles daquelas (belíssimas) terras.
Um é fruto da volta às origens de um craque alentejano, o enólogo Paulo Laureano, com seu novo Tradições Antigas.  Criado especialmente para o Brasil, ele foi vinificado em talhas, (ânforas de barro, herança dos romanos) recipientes utilizados no passado como cubas para fermentar os vinhos.
Os outros dois são também obra de conhecidos: a edição 2007 do Couteiro-Mor  Grande Escolha da Herdade do Menir, veterana de duas décadas na área de vinhos finos, e o Margarida 2008, topo de gama de Monte dos Cabaços, uma firma que estreou em 2001.
Paulo Laureano Tradições Antigas 2010
É um corte de cepas clássicas na região: Aragonês, Trincadeira, Alfrocheiro, Tinta Grossa e Alicante Bouschet, fermentado em talhas de barro e sem passagem por madeira.
Cerejas, jabuticaba, toques de incenso e pimenta preta, marcam um paladar de corpo médio, agradável e vivaz, pela sua acidez (87/100, R$ 47,40).


Couteiro-Mor Grande Escolha 2007
De autoria dos enólogos Teresa Metelo Dias e Jorge Páscoa. Mescla na fórmula Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional. O vinho amadureceu seis meses em barricas de carvalho francês.
A madeira aparece no aroma (baunilha, leve tostado) temperando frutas vermelhas, com o conjunto bem embrulhado por taninos finos (88/100, 63,20).
Margarida 2008
A espanhola Susana Esteban (que já modelou no Douro os tintos da Quinta do Crasto) assina este rubro  que combina uvas Syrah (96%) e Viognier (num blend tipo Côte-Rôtie do Rhône) pisadas a pé em lagar.
Intenso e  rico no aroma e sabor (framboesa, tons defumados, chocolate, leve coco) com textura e final deliciosos (91/100, R$ 124,70).
Adega Alentejana
Telefone:             (11) 5044-5760
www.alentejana.com.br
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